Kafé K.

No ano de 2006 o Grupo Oficcina Multimédia apresentou uma proposta de ocupação do teatro Francisco Nunes que gerasse a possibilidade de ampliar o enfoque de uma apresentação de espetáculo que se encerra em si mesmo. Queríamos fazer ressoar o trabalho de criação, expandir para outras propostas criativas e instalar um olhar de reflexão e análise sobre a arte nos dias de hoje, suas causas e conseqüência. Portanto criamos o Kafé K, numa alusão ao nome do escritor , homenageando Kafka, cuja obra O Processo na qual nos inspiramos para a montagem do espetáculo A Acusação, que nesta mesma época apresentávamos no teatro Francisco Nunes. Além desta apresentação, incluímos na programação, palestras, filmes comentados, e participação de artistas plásticos. Além desta programação, organizamos uma exposição no saguão do Teatro Francisco com objetos artísticos inusitados, criados pelo elenco do Grupo Oficcina Multimédia e artistas convidados tendo como foco, a visão kafkiana dentro da modernidade. A temática também contemplou a questão dos excluídos, e com este objetivo, no saguão foram expostas fotos dos squats, discutindo problemas da contemporaneidade, tais como alternativas para a moradia nas grandes cidades. O Kafé K. foi importante porque se constitui como o embrião do evento Verão Arte Contemporânea, que seria criado no ano seguinte , e realizado em parceria com a produtora Mercado Moderno, além do bailarino Rui Moreira e da adesão de toda a classe artística de Belo Horizonte.